Pubalgia do Atleta

O termo pubalgia do atleta, também conhecida como osteíte púbica e pubeíte, refere-se à síndrome dolorosa do púbis (sínfise púbica) e das estruturas ao seu redor. Manifesta-se habitualmente como um quadro doloroso em região inguinal (virilha) e/ou inferior do abdome em atletas, implicando em graus variados de comprometimento da performance esportiva. Acomete com maior frequência indivíduos do gênero masculino.
As causas ortopédicas da pubalgia são atualmente atribuídas a alterações mecânicas envolvendo os segmentos da bacia e coluna lombar, dentre elas: o desequilíbrio entre o reto abdominal e adutores do quadril, instabilidade em articulações sacrilíacas e limitações de amplitude de movimento dos quadris (impacto femoroacetabular, artrose).
O diagnóstico da pubalgia é estabelecido pela suspeita clínica e através de exames de imagem. Radiografias convencionais podem evidenciar cistos e esporões (entensófitos) emsínfise púbica, enquanto a ressonância magnética permite a identificação de alterações ósseas (edema) e em partes moles (músculos, tendões e ligamentos). A cintilografia óssea, menos empregada, pode mostrar um aumento de captação do radiofármaco na região.
O tratamento conservador consiste em repouso relativo e afastamento das atividades esportivas, administração de analgésicos e anti-inflamatórios e aplicação de gelo local (crioterapia). A infiltração local com corticosteroides, guiada (ou não) por ultrassom, permanece controversa. Programa de reabilitação fisioterápica visando exercícios de alongamento e fortalecimento muscular é instituído precocemente. A cirurgia é indicada nos casos refratários às medidas conservadoras, permitindo que o atleta retorne às suas atividades habituais em um prazo de 08 a 12 semanas.