Fibromialgia

Fibromialgia caracteriza-se por dor crônica que migra por vários pontos do corpo e se manifesta especialmente nos tendões e nas articulações.
Trata-se de uma patologia relacionada com o funcionamento do sistema nervoso central e o mecanismo de supressão da dor que atinge, em 90% dos casos, mulheres entre 35 e 50 anos. A fibromialgia não provoca inflamações nem deformidades físicas, mas pode estar associada a outras doenças reumatológicas, o que pode confundir o diagnóstico.
Causas
Apesar de não haver uma causa conhecida, existem diversos fatores que estão frequentemente associados a esta síndrome. São eles:
Genética: a fibromialgia é muito recorrente em pessoas da mesma família, o que pode ser um indicador de que existam mutações genéticas capazes de causar a síndrome;
Infecções por vírus e doenças autoimunes também podem estar envolvidas nas causas, assim como a depressão, o sedentarismo, a ansiedade e distúrbios do sono.
Sintomas
• Dor generalizada: a dor associada à fibromialgia é constantemente descrita como uma dor presente em diversas partes do corpo e que demoram pelo menos três meses para passar;
• Fadiga: pessoas portadores dessa síndrome frequentemente acordam já se sentindo cansadas, mesmo que tenham dormido por muitas horas. O sono também é constantemente interrompido por causa da dor, e muitos pacientes apresentam outros problemas relativos ao sono, a exemplo da apneia e insônia;
• Dificuldades cognitivas: para os portadores de fibromialgia, é mais difícil se concentrar, prestar atenção e focar em atividades que demandem esforço mental;
• Dor de cabeça recorrente ou enxaqueca clássica, dor pélvica e dor abdominal sem causa identificada (Síndrome do intestino irritável);
• Problemas de memória e de concentração;
• Dormência e formigamento nas mãos e nos pés;
• Palpitações;
• Redução na capacidade de se exercitar.
Diagnóstico e exames
Os sintomas de fibromialgia são muito similares a sintomas de outras síndromes. O diagnóstico da é feito clinicamente (por meio da história dos sintomas e do exame físico) Não existem testes laboratoriais que possam realizar o diagnóstico, mas o médico pode solicitar exames de sangue para que outras doenças, com sintomas e características parecidos, sejam descartadas entre os possíveis diagnósticos.
Tratamento
O tratamento de fibromialgia é mais eficaz quando são unidos medicamentos e cuidados não medicamentosos. O foco é evitar a incapacidade física, minimizar os sintomas e melhorar a saúde de modo geral.
O tratamento pode envolver:
• Fisioterapia • Programa de exercícios e preparo físico • Métodos para alívio de estresse, incluindo massagem leve e técnicas de relaxamento • Terapia cognitivo comportamental.
Existem várias classes de medicamentos que são utilizados em conjunto com o tratamento não medicamentoso. As drogas mais utilizadas são analgésicos de ação central, incluindo algumas drogas antidepressivas e antiepilépticas que têm esta ação analgésica.
Medicamentos para melhorarem o padrão do sono e miorrelaxantes também são, frequentemente utilizados, isoladamente ou em conjunto com medicamentos analgésicos.
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento.
Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
A fibromialgia é uma síndrome de longa duração com flutuações frequentes na intensidade da dor. Seguindo o tratamento corretamente e tomando os devidos cuidados dentro de casa, os sintomas tendem a melhorar. Mais importante ainda: com os devidos cuidados, a pessoa com fibromialgia não perde sua capacidade funcional.
Em casa, você pode tomar algumas medidas para ajudar no tratamento e a conviver melhor com a doença:
• Reduza o estresse diário; • Durma o suficiente para estar descansado no dia seguinte; • Exercite-se regularmente; • Mantenha um mesmo ritmo de vida; • Preserve um estilo de vida saudável.
Fonte: Minha Vida e Dr. Drauzio Varella